sábado, 1 de maio de 2010

Sim, ela tem talento!


Falamos com Miley Cyrus - e o namorado dela, Liam Hemsworth - sobre seu novo filme, A Última Música, e descobrimos que ela pode ser, sim, muito mais que Hannah Montana.








Nosso correspondente em Los Angeles foi convidado para participar da sessão de entrevistas do filme A Última Música, que rolou em janeiro de 2010 nos Estados Unidos. Ficamos ansiosos, afinal, teríamos a oportunidade de falar com Miley Cyrus, a adolescente mais famosa do mundo! Só que a nossa alegria durou pouco... Ficamos sabendo que o papo rolaria com o mocinho do filme, o ator Liam Hemsworth, e com a diretora Julianne Robertson. Miley daria apenas uma entrevista coletiva – ou seja, falaria com todos os jornalistas que estavam lá de uma só vez. Ok, no final não foi tão ruim assim. Descobrimos que Miley, 17 anos, está realmente virando uma celebrity adulta. Ela tem uma desenvoltura fantástica para responder às perguntas (e pegadinhas) dos repórteres, mas, também, uma maneira sensata de encarar como iniciante (vejam só...) a indústria de cinema de Hollywood. Confira agora a entrevista que ela concedeu para os jornalistas e tire suas próprias conclusões:

Em A Última Música, você é uma adolescente rebelde e em crise com o pai, o que é o contrário da sua vida real. É fácil se relacionar com uma personagem tão diferente? Ou você deixa sua rebeldia acontecer longe da família e das câmeras?
Tenho meus momentos! (risos) Minha mãe, com certeza, tem muitas histórias para contar a respeito disso. Sou muito ligada à família, de verdade. Minha mãe perdeu o pai quando tinha a minha idade, então isso ajudou a entender aquele momento da vida dela e fazer esse filme foi mais importante ainda. Ela tinha uma grande relação com meu avô e me disse que se não fosse assim, sua morte teria significado algo muito pior na vida dela. Isso ajudou muito para entender o tipo de ligação de minha personagem com Greg [Kinnear, que interpreta o pai]. Dentro do possível, quero que as pessoas olhem para suas famílias e vejam o que têm em mãos. Essa é uma daquelas coisas que nunca podemos encarar como eternas, afinal, qualquer dia uma tragédia pode acontecer e tudo se perde. É importante todo mundo se lembrar de nunca deixar um dia passar em branco sem ficar perto daqueles que ama e nunca perder a chance de dizer o quanto você ama essas pessoas. Aprendi isso durante o filme. Foi intenso.

Por outro lado, ser rebelde ajuda a aliviar essas tensões, não é?
Sou a garota mais birrenta da história! Não posso contar muito por causa desse monte de gravadores aqui na minha frente (risos), mas brigo com meus amigos e adoro um draminha. Por outro lado, minha mãe vai confirmar que devemos ser o caso mais próximo de grude entre mãe e filha. Terminamos as frases uma da outra. É a nossa dinâmica, mas muita gente acha esquisito (risos).

Você fala muito com seu pai sobre “problemas com garotos”, assim como acontece no filme?
Felizmente não tenho muitos problemas nesse aspecto – minha vida é bem simples e tranquila –, mas se tivesse, sem dúvida, ele seria o primeiro para quem eu contaria. Ele nunca me julga e isso é fundamental. Pessoas que julgam rapidamente transmitem suas experiências para a pessoa julgada e exageram na reação. Meu pai não acredita nisso e sempre diz que todo mundo comete erros e isso ajuda no amadurecimento. E se você não pode conversar sobre isso com alguém da sua família, então é melhor você não conversar com ninguém, pois só alguém como seu pai ou sua mãe podem realmente ouvir e ajudar sem esse julgamento.

Como foi ter outro cara interpretando seu pai, dessa vez?
Greg foi ótimo e nos demos superbem. É importante encontrar uma boa relação para garantir realismo ao trabalho, então deu certo. Aliás, acho que seria muito esquisito sentir tudo aquilo por um cara de quem eu não gostasse pessoalmente.

Qual o impacto do primeiro amor na vida de uma garota? É algo exagerado?
Não acho que seja exagerado. Provavelmente os filmes mostram o primeiro amor de uma forma mais bonita e romântica – as coisas dão muito mais certo na tela! (risos) –, pois na vida real a gente acaba se machucando e nem tudo sai como imaginamos. Entretanto, cada experiência ensina muito e sempre saí muito mais forte, assim como o que acontece com Will (Liam Hemsworth) e Ronnie, minha personagem. É algo bonito que fortalece, mesmo quando eles não estão juntos.

E o primeiro beijo? Como aconteceu?
Seja no cinema ou na TV, cenas de beijo são escritas para serem perfeitas, então tudo se encaixa perfeitamente. Na vida real, não é desse jeito, pode apostar (risos), mas tenho a chance de viver esse conto de fadas atuando. Não sou do tipo que fica fazendo planos ou tentando me encaixar nesse tipo de situação, afinal, não sei com quem vou me encontrar no futuro, quanto menos o que pode acontecer. Viver a vida é o importante.

Qual o segredo para o beijo perfeito em cena?
Sabe a coisa mais legal que aprendi fazendo Hannah Montana? É se tornar a melhor amiga do cara da iluminação! Ele a deixa maravilhosa, mesmo se estiver amarrando o tênis! (risos) Méritos para ele!

Mas você precisa colocar um pouco de sentimento e emoção num beijo, não?
(risos) Sou sentimental e tenho coração, mas não sou piegas! (risos) O importante ali foi que só podíamos filmar por 20 minutos, entre 18h e 18h20, por causa da luz ambiente do pôr do Sol, então gravamos em dois dias diferentes. Tudo foi pensado para o melhor aproveitamento visual, então, quando o beijo aconteceu, ficou perfeito por conta de tanto detalhismo e cuidado da diretora. Nada mais estava acontecendo no mundo além daquele beijo.

Qual o tipo perfeito de garoto para você?
Tem de ser fofo (risos). Brincadeirinha. E também bonitão (risos). Brincadeirinha, de novo.

Pode abrir o coração...
O importante é ser espontâneo e estar disposto a encarar várias coisas diferentes. Alguém que encare a vida com empolgação, pois quando eu tiver folga ou decidir tirar férias, quero viajar pelo país ou curtir alguns programas malucos, então essa pessoa tem de gostar desse tipo de situação. E que, ao mesmo tempo, seja boa companhia para simplesmente curtir a piscina ou cantar um pouco em casa.

E como foi separar Miley atriz da Miley cantora?
Foi ótimo, pois, embora todo mundo me conheça pelo pacote completo [cantar e atuar], não quero fazer musicais pelo resto da minha vida. Eu queria mesmo separar dessa vez. E é assim que pretendo manter minha carreira como atriz, não para reduzir a importância da música, mas para poder fazer coisas diferentes em ambos os ramos. Meus próximos papéis estão seguindo essa linha. E poder cantar uma música no final foi legal, mas não afetou a atuação.

Todo mundo conhece Miley Cyrus, mas Liam é um rosto novo. Isso pesa na hora das filmagens?
Não importa quem fala ou aparece mais ou menos. Todo mundo tem a mesma responsabilidade num filme. Um ajudar ao outro é fundamental, e senti isso nesse trabalho, especialmente com o Liam. Ele me ajuda a ficar bem na tela e eu o ajudo. Nunca podemos nos acomodar nesse trabalho, pois outros diretores e roteiristas estão vendo tudo o que fazemos. É muito mais colaborativo do que todo mundo imagina.

Milhares de garotas no mundo todo se espelham em você, mas e as pessoas da sua família, também?
Não quero que minha irmã faça música só porque eu faço. Ela tenta me imitar nas roupas e no jeito de ser, mas, sem dúvida, ela vai fazer as escolhas dela.

Como seria seu melhor encontro?
Gosto de praia. Adoro coisas ao ar livre. Velas são meio bregas, deixo isso para minha personagem. Eu gosto de aproveitar a natureza do jeito que ela é. Adoro o pôr do Sol. Em Nashville, é magnífico. Então, qualquer pessoa disposta a passar um dia lá comigo é mais que bem-vinda.

O que você pode contar sobre o set de filmagens de Sex and the City 2?
Filmei por uma hora só e foi alucinante. O resto é segredo (risos).

Como era sua vida antes de A Última Música?
Estava no último ano da escola e abandonei nos últimos seis meses. Comecei a fazer a instalação de pisos de madeira com meus irmãos mais velhos. Depois, comecei a fazer testes de atuação. Isso fez que eu valorizasse meu trabalho de hoje. Colocar pisos foi o trabalho mais difícil que já tive na vida!

Como foi a transição da madeira para a atuação?
(risos) Vim para os Estados Unidos para participar de um teste para um filme que meu irmão acabou fazendo [o filme é Thor, que será estrelado por Chris Hemsworth]. Se eu não conseguisse um trabalho, teria de voltar para a Austrália. Comecei a fazer testes e A Última Música apareceu. Uma semana depois, me ligaram e disseram que eu tinha um teste com a Miley. Estava ali com meia dúzia de caras. Fui até lá, li com ela e ganhei o papel. Foi ótimo.

Você ficou nervoso quando conheceu Miley? Você tinha ideia de quem ela era?
Não tinha ideia de quão famosa ela era. Nunca tinha visto Hannah Montana.

Você está preparado para a perseguição das fãs?
(risos) Não sei como você se prepara para algo assim, mas é excitante.

Você admirava seus irmãos? Tornou-se ator por causa deles? (Liam é irmão de Chris e Luke Hemsworth)
Absolutamente, sim. Cresci assistindo aos dois fazendo programas de TV na Austrália. Um dia eu disse para minha mãe que queria fazer aquilo. Me inscrevi num curso em Melbourne. Consegui um agente no final do curso e larguei a escola, antes dos pisos, porque consegui um trabalho. Foi algo curto e que durou apenas duas semanas num programa de TV. Voltei para a escola, mas já sabia o que queria: atuar! Então ganhava dinheiro colocando os pisos enquanto ia para os testes.

Você tem algum ator que admira?
Sim. Eu adoro o Leonardo DiCaprio. Eu amo todos os seus filmes.

O filme mostra um relacionamento sério e intenso entre seu personagem e o de Miley Cyrus. Você acredita em amor à primeira vista?
Acho que você pode ver alguém e sentir algo, não sei se é amor. Eles aumentam as coisas no filme, obviamente, tornam as coisas mais dramáticas. Amor verdadeiro... não sei.

Você se parece com o Will nesse aspecto?
Acho que o Will é muito mais confiante nesse sentido. Eu sou um palhaço, ele é cool. Fico nervoso. Não me aproximo delas, fico olhando e vejo no que dá.

Mas sendo tão bonitão assim, fica difícil acreditar que as mulheres não corram atrás de você. Vai, abre o jogo!
(gargalhadas) Claro que isso já aconteceu, mas sou aquele cara que primeiro fica amigo e depois pensa em algo romântico. Não sei conhecer uma menina e, meia hora depois, achar que posso beijá-la sem problemas. Não me sinto bem agindo dessa forma.

Revista Atrevida

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